Foto: Carolina Antunes/PR | Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil | Marcos Corrêa/PR Por: Metro1
Na visão da PF, Walter Braga Netto e Augusto Heleno participaram de todo o planejamento do golpe que era desenhado
Após meses de investigação, a Polícia Federal (PF) considera já ter os elementos necessários para indiciar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-ministro da Defesa, Walter Braga Netto, e o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, pelo crime de tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.
A informação foi divulgada na manhã desta segunda-feira (18), por apuração do jornalista e colunista do portal Metrópoles, Guilherme Amado.
A PF classifica que os depoimentos do general Freire Gomes e do brigadeiro Baptista Júnior, somados a provas como o vídeo da reunião de 5 de julho de 2022, são suficientes para mostrar como, ao longo daquele ano, Bolsonaro tramou contra o sistema eleitoral.
Na última semana, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes retirou o sigilo dos depoimentos. Freire Gomes e Baptista Júnior afirmaram à corporação que o ex-presidente pressionava por um golpe de Estado para se manter no poder. Os dois ainda disseram que foram contra qualquer tipo de intenção golpista, enquanto o comandante da Marinha, almirante Almir Garnier, teria colocado a tropa à disposição de Bolsonaro.
Ainda de acordo com Guilherme Amado, na visão da PF, Walter Braga Netto e Augusto Heleno participaram de todo o planejamento do golpe que era desenhado. De acordo com as investigações, Braga Netto teria integrado um núcleo de atuação responsável por incitar militares a aderirem ao golpe. Já Heleno, aparece em gravação afirmando que “se tiver que virar a mesa é antes das eleições”.
Sobre o crime de tentativa de golpe de Estado, o código penal prevê pena de reclusão de 4 a 8 anos.
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