POLÍCIA

Falta de conselho forte ameaça sobrevivência do governo Lula, afirmam parlamentares baianos da base


Foto: Ricardo Stuckert/PR Por: Jairo Costa Jr. 

Parlamentares baianos que integram a base aliada do Palácio do Planalto no Congresso Nacional estão convictos de que a sobrevivência do governo Luiz Inácio Lula da Silva depende da criação de um conselho político composto por gente capaz de guiar corretamente o presidente nos próximos dois anos. Em conversas reservadas, avaliam que, ao contrário das duas primeiras gestões, Lula não possui hoje ao seu redor quadros com a experiência do ex-deputado Luiz Gushiken, que foi o chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) entre 2003 e 2005; de Gilberto Carvalho, ex-ministro da Secretaria Geral da Presidência; e do próprio José Dirceu, outrora todo-poderoso comandante da Casa Civil de Lula em seu primeiro governo. Todos, avaliam, recebiam atenção do presidente e sabiam dizer o que ele precisava ouvir, não o que gostaria de escutar.

Só na multidão
"A impressão que tenho hoje, e ela é compartilhada por muito da base, é de que falta a Lula gente capaz de evitar desacertos, sobretudo nas declarações à imprensa, no trato com o Congresso e nos discursos públicos, e de retirar cascas de banana no caminho do presidente. Até mesmo Jaques Wagner, que embora seja líder do Planalto no Senado, está atualmente menos próximo a Lula do que era nos tempos de ministro das Relações Institucionais no primeiro governo do PT", confidenciou à coluna um deputado baiano com posto de destaque na bancada governista. 

Dupla barreira
Outros dois parlamentares do estado base ouvidos sob condição de anonimato afirmam que, sem políticos no gabinete presidencial com habilidade e poder de convencimento para orientar Lula do modo correto, os problemas enfrentados pelo petista tendem a se perpetuar até o fim de sua gestão. No mesmo diapasão, apontam o fogo amigo disparado por membros da cúpula nacional do PT, especialmente a presidente do partido, a deputada federal Gleisi Hoffmann, e a ingerência da primeira-dama Janja da Silva sobre a agenda de Lula como motivos para a ausência de um entorno forte no governo. 

Pista de retorno 
Antes determinado a encerrar a carreira política, o vereador Alfredo Mangueira, que trocou o MDB pelo Republicanos na última janela partidária, foi convencido pelo prefeito Bruno Reis (União Brasil) a tentar a reeleição este ano. Para aceitar o pedido, entretanto, Mangueira impôs como condição que o Palácio Thomé de Souza o ajudasse a captar lideranças com capilaridade em comunidades da capital. Como justificativa, alegou que ficou na suplência após a última sucessão municipal e só retornou à Câmara de Vereadores em janeiro de 2023, com a eleição do ex-presidente da Casa Geraldo Jr. (MDB) para vice-governador. Diante da promessa de Bruno Reis de auxiliá-lo, decidiu concorrer mais uma vez.

Fato consumado
Já o vereador Edvaldo Brito, outro veterano da Câmara de Salvador, mantém a disposição para não concorrer a um novo mandato. Mas quer deixar sua vaga sob esfera de influência da família. Para isso, colocou no páreo o ex-diretor de Habitação e Urbanização Integrada da Conder, Carlos Kleber, que foi um dos principais assessores do filho, o deputado federal Antônio Brito. Sabe, contudo, que terá dificuldades para elegê-lo. Em 2020, Edvaldo conseguiu manter o mandato em 37º lugar, com 4.725 votos, quase dois mil a menos que em 2016.

Chega mais!
Está em curso uma operação política para convencer a pré-candidata do MDB a prefeita de Barreiras, a ex-vereadora Karlúcia Macêdo, a assumir a vaga de vice na chapa do empresário Danilo Henrique (PP), filho do deputado estadual Antonio Henrique Júnior e neto do ex-prefeito Antonio Henrique. O apoio de Karlúcia, que foi vice durante o primeiro mandato do atual prefeito, Zito Barbosa (União Brasil), é cobiçado também por dois outros dois candidato competitivos: o ex-deputado federal Tito Cordeiro (PT) e o vereador Otoniel Teixeira (União Brasil), nome escolhido para representar Zito na corrida pelo maior município do oeste baiano. A dúvida é se o casório terá as bênçãos dos irmãos Geddel e Lúcio Vieira Lima, que controlam o MDB no estado.     

 Parlamentares baianos que integram a base aliada do Palácio do Planalto no Congresso Nacional estão convictos de que a sobrevivência do governo Luiz Inácio Lula da Silva depende da criação de um conselho político composto por gente capaz de guiar corretamente o presidente nos próximos dois anos. Em conversas reservadas, avaliam que, ao contrário das duas primeiras gestões, Lula não possui hoje ao seu redor quadros com a experiência do ex-deputado Luiz Gushiken, que foi o chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) entre 2003 e 2005; de Gilberto Carvalho, ex-ministro da Secretaria Geral da Presidência; e do próprio José Dirceu, outrora todo-poderoso comandante da Casa Civil de Lula em seu primeiro governo. Todos, avaliam, recebiam atenção do presidente e sabiam dizer o que ele precisava ouvir, não o que gostaria de escutar.

Só na multidão
"A impressão que tenho hoje, e ela é compartilhada por muito da base, é de que falta a Lula gente capaz de evitar desacertos, sobretudo nas declarações à imprensa, no trato com o Congresso e nos discursos públicos, e de retirar cascas de banana no caminho do presidente. Até mesmo Jaques Wagner, que embora seja líder do Planalto no Senado, está atualmente menos próximo a Lula do que era nos tempos de ministro das Relações Institucionais no primeiro governo do PT", confidenciou à coluna um deputado baiano com posto de destaque na bancada governista. 

Dupla barreira
Outros dois parlamentares do estado base ouvidos sob condição de anonimato afirmam que, sem políticos no gabinete presidencial com habilidade e poder de convencimento para orientar Lula do modo correto, os problemas enfrentados pelo petista tendem a se perpetuar até o fim de sua gestão. No mesmo diapasão, apontam o fogo amigo disparado por membros da cúpula nacional do PT, especialmente a presidente do partido, a deputada federal Gleisi Hoffmann, e a ingerência da primeira-dama Janja da Silva sobre a agenda de Lula como motivos para a ausência de um entorno forte no governo. 

Pista de retorno 
Antes determinado a encerrar a carreira política, o vereador Alfredo Mangueira, que trocou o MDB pelo Republicanos na última janela partidária, foi convencido pelo prefeito Bruno Reis (União Brasil) a tentar a reeleição este ano. Para aceitar o pedido, entretanto, Mangueira impôs como condição que o Palácio Thomé de Souza o ajudasse a captar lideranças com capilaridade em comunidades da capital. Como justificativa, alegou que ficou na suplência após a última sucessão municipal e só retornou à Câmara de Vereadores em janeiro de 2023, com a eleição do ex-presidente da Casa Geraldo Jr. (MDB) para vice-governador. Diante da promessa de Bruno Reis de auxiliá-lo, decidiu concorrer mais uma vez.

Fato consumado
Já o vereador Edvaldo Brito, outro veterano da Câmara de Salvador, mantém a disposição para não concorrer a um novo mandato. Mas quer deixar sua vaga sob esfera de influência da família. Para isso, colocou no páreo o ex-diretor de Habitação e Urbanização Integrada da Conder, Carlos Kleber, que foi um dos principais assessores do filho, o deputado federal Antônio Brito. Sabe, contudo, que terá dificuldades para elegê-lo. Em 2020, Edvaldo conseguiu manter o mandato em 37º lugar, com 4.725 votos, quase dois mil a menos que em 2016.

Chega mais!
Está em curso uma operação política para convencer a pré-candidata do MDB a prefeita de Barreiras, a ex-vereadora Karlúcia Macêdo, a assumir a vaga de vice na chapa do empresário Danilo Henrique (PP), filho do deputado estadual Antonio Henrique Júnior e neto do ex-prefeito Antonio Henrique. O apoio de Karlúcia, que foi vice durante o primeiro mandato do atual prefeito, Zito Barbosa (União Brasil), é cobiçado também por dois outros dois candidato competitivos: o ex-deputado federal Tito Cordeiro (PT) e o vereador Otoniel Teixeira (União Brasil), nome escolhido para representar Zito na corrida pelo maior município do oeste baiano. A dúvida é se o casório terá as bênçãos dos irmãos Geddel e Lúcio Vieira Lima, que controlam o MDB no estado.     

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