Salvador, BA – As entidades representativas dos policiais civis baianos (ADPEB, SINDPOC, SINDPEP, ASBAC, ASSIPOC, SINDMOBA, AEPEB, estão em alerta e ameaçam paralisar as operações policiais no estado a partir do dia 12 de agosto. A decisão foi tomada após sucessivas tentativas frustradas de negociação com o governo estadual para a recomposição salarial da categoria, que se encontra defasada há quase uma década.
Em assembleia realizada no dia 19 de julho, com a participação de mais de 1300 policiais civis e técnicos, as entidades decidiram reavaliar e redirecionar todas as operações policiais, incluindo a bem-sucedida "Unnum Corpus", que resultou em mais de 500 prisões em sua última edição.
A medida drástica visa pressionar o governo a apresentar uma proposta concreta de reajuste salarial, uma demanda que vem sendo reivindicada pela categoria desde o início de 2023. Os policiais civis argumentam que, apesar dos resultados expressivos alcançados em suas investigações, não recebem o reconhecimento e a valorização devidos, ocupando a 26ª posição no ranking salarial do país.
Governo em xeque
A falta de avanço nas negociações gerou um clima de insatisfação entre os policiais, que se sentem desprestigiados pelo governo. Em nota oficial, as entidades classistas afirmam que, apesar de manterem o respeito ao governo, esperam que o governador abra um canal de diálogo franco e democrático para discutir a pauta salarial da categoria.
Impacto na segurança pública
A possível paralisação das operações policiais pode ter um impacto significativo na segurança pública do estado. A "Unnum Corpus", por exemplo, é considerada uma das principais operações de combate à criminalidade na Bahia, e sua interrupção pode levar a um aumento nos índices de criminalidade.
O que dizem as autoridades
Até o momento, o governo do estado não se manifestou oficialmente sobre a ameaça de paralisação das operações policiais. A expectativa é que as autoridades entrem em contato com as entidades representativas da categoria para iniciar um novo round de negociações e evitar uma crise ainda maior no setor de segurança pública.
Por: Cledson SantanaFonte: DIARIOD4NOTICIAS/ASCOM
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