Foto: Reprodução/Youtube/Comando Militar do Sul - Exército Brasileiro Por: Metro1
Stumpf foi atacado nas redes sociais com ameaças à sua família e acusações de ser “traidor da Pátria”
Em 2022, durante tentativas de um golpe de Estado nas Forças Armadas, o general Valério Stumpf Trindade foi um dos principais responsáveis por resistir à articulação e preservar a estabilidade institucional. À época, Stumpf, chefe do Estado-Maior do Exército, se alinhou com o Alto-Comando para barrar o movimento golpista, que contava com apoio de militares de diversas patentes e setores da militância bolsonarista.
“Tudo o que fiz foi com o conhecimento do Alto-Comando do Exército, alinhado com o [então comandante] general Freire Gomes. Existe uma lealdade muito forte no Alto-Comando”, iniciou. Naquela época, Stumpf era chefe do Estado-Maior do Exército e um dos mais antigos generais da ativa.
Stumpf foi atacado nas redes sociais, com ameaças à sua família e acusações de ser “traidor da Pátria” e até “informante” do ministro Alexandre de Moraes, algo que ele negou. “A minha interlocução era com a Secretaria-Geral do TSE. Aí algumas pessoas que não sabiam de nada distorceram tudo. Alimentaram a versão de que eu seria ‘informante’, uma espécie de ‘leva e traz’, uma coisa bandida. Isso nunca aconteceu. É uma inverdade e uma agressão à minha pessoa. O contato era institucional”, disse.
O general destacou que seu objetivo sempre foi defender a democracia, o que acabou gerando uma campanha de ataques contra ele por parte de colegas militares e civis radicalizados. “Fui vítima de ataques por cumprir a minha obrigação. Defendi a democracia em tempos complexos. Tenho orgulho de ter agido de forma leal ao comandante do Exército e ao Exército Brasileiro”, relata.
A Polícia Federal revelou que o nome do general foi citado em conversas entre militares envolvidos na tentativa de golpe, que organizaram uma campanha de ataques contra os generais que se opuseram à ruptura democrática. Entre os alvos estavam também os generais Richard Nunes e Tomás Ribeiro Paiva. Segundo a PF, esses militares foram alvo de difamações e pressão por meio de milícias digitais.
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