Foto: Vítor Lyrio/VarelaNet
O Afoxé Filhos de Gandhy, um dos blocos mais tradicionais do Carnaval de Salvador, gerou polêmica ao anunciar que homens trans não poderão participar do desfile deste ano. A decisão foi comunicada aos associados junto com os itens da fantasia do Carnaval, informando que apenas pessoas do sexo masculino cisgênero poderão fazer parte do bloco.
A justificativa para a decisão está baseada no artigo 5º do Estatuto Social do bloco, que estabelece que “só poderão ingressar na Associação pessoas do sexo masculino cisgênero”. A medida gerou diversas denúncias da comunidade LGBTQIA+, que consideram a exclusão discriminatória e transfóbica.
Nas redes sociais, a reação foi imediata e intensa. Internautas repudiaram a decisão, destacando que a tradição não deve ser usada como justificativa para violar direitos e desrespeitar identidades de gênero. Comentários como “O bloco filhos de gandhy é uma vergonha, nunca ouço nada positivo agora vem e mete essa com homens trans? vai se fuder, tem q acabar com esse bloco pra ontem” refletem a indignação de muitos.
A diretoria do Afoxé Filhos de Gandhy emitiu uma nota oficial esclarecendo que a restrição se baseia em tradições culturais e religiosas mantidas desde a fundação do bloco, há mais de sete décadas. No entanto, a situação levanta questões sobre a necessidade de equilibrar a preservação das tradições culturais com a inclusão e o respeito às identidades de gênero diversas.
A polêmica continua a reverberar, e a comunidade LGBTQIA+ segue pressionando por mudanças que promovam a inclusão e o respeito a todas as identidades de gênero no Carnaval de Salvador.
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