POLÍTICA

Entrevista de Bolsonaro é interrompida por Marcha Fúnebre, em Brasília


Foto: Lula Marques/Agência Brasil

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teve sua fala interrompida pelo som de uma marcha fúnebre, tocada por um trompetista, enquanto concedia uma entrevista coletiva no Senado Federal, em Brasília nesta quarta-feira (26). O incidente ocorreu no mesmo dia em que o Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou a denúncia contra ele e outros sete aliados, tornando-os réus por suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Bolsonaro comentava a viagem de seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), aos Estados Unidos, quando o som começou, levando-o a encerrar a conversa com os jornalistas.

O responsável pelo ato foi identificado como um músico ligado ao Partido dos Trabalhadores (PT), que aproveitou o momento para realizar a manifestação. O episódio gerou reações imediatas: enquanto apoiadores do ex-presidente criticaram o que chamaram de "desrespeito", adversários políticos celebraram a interrupção como um símbolo do declínio de sua influência. A marcha fúnebre, tradicionalmente associada a funerais, foi interpretada por muitos como uma provocação direta, especialmente diante do contexto judicial delicado que Bolsonaro enfrenta.

A entrevista ocorria em um corredor do Senado, local frequentemente usado por parlamentares para falar com a imprensa. Segundo relatos, o trompetista posicionou-se estrategicamente próximo ao local, e o som ecoou pelo ambiente, surpreendendo os presentes. Bolsonaro, visivelmente irritado, interrompeu sua fala sobre Eduardo, que se licenciou por 122 dias para permanecer nos EUA, alegando buscar sanções contra "violadores de direitos humanos" no Brasil, numa referência a supostas perseguições políticas.

O caso rapidamente repercutiu nas redes sociais, com vídeos do momento circulando amplamente. A coincidência com a decisão do STF intensificou os debates: de um lado, opositores apontaram a interrupção como um "funeral político" de Bolsonaro; de outro, seus aliados denunciaram o ato como uma tentativa de humilhação. Enquanto o ex-presidente segue como figura central na polarização brasileira, episódios como esse evidenciam como sua presença pública continua a gerar controvérsias e reações intensas.

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